sábado, 19 de janeiro de 2008

Justiça Injusta



Meu nome não é BOB
Esta é uma história real que traz ensinamentos e questionamentos aos pais , às pessoas apaixonadas e aos detentores da Justiça.Contarei a história de um rapaz aparentemente distinto que sofria de sérios distúrbios de caráter. Seu jeito manso , sério, e gentil, enganava a todos que o julgavam bom e educado. Bob, era pensativo, muitas vezes desligado . Parecia calmo e tranqüilo e assim conseguia adquirir a confiança de todas as suas ‘presas’. Estes distúrbios de caráter , normalmente surgem em famílias de “fachada”. Pessoas que demonstram delicadeza enquanto escondem as navalhas. Pais do tipo “duas caras” passam ao filho , que existe algo que deve ser escondido e no meio deste “ocultismo”,onde bruxas viram fadas, a criança aprende a ser dividida em duas partes. Neste conflito de bom e mau, ela pode desenvolver sérias patologias . Inclusive perceber que para abrir espaço tem que utilizar o jeito manso e o lado bom. Controla seu ódio e depois desconta, sem que ninguém perceba a autoria.Lembrem-se de que os criminosos mais cruéis são elogiados pelos vizinhos, porque não causam problemas, são quietos e pouco falam.Quando o afeto é totalmente inexistente, nestas" famílias de fachada", que acham que o próprio valor depende dos elogios de todos que a cercam, elas “erram” apenas para os seus íntimos, porque os têm como seguros , enquanto caminham de máscaras para agradar àqueles que podem perder de mira. Fazem-se de frágeis, tipo a senhorinha da maçã da Branca de neve: É importante convencer os que o rodeiam! É como armadilha utilizada para pegar “a presa”, o status, o cargo de confiança, etc..Recomendo um filme que retrata exatamente esta patologia: “Nunca Mais”, não me recordo do autor, mas é facilmente encontrado nas locadoras.Quando adultas, estas pessoas sentem prazer em enganar. A vida passa a ser um jogo perverso.Habitualmente são pessoas que escolhem presas fáceis para conviver: tímidas, frágeis, ou até descontroladas, para falsearem a imagem verdadeira de si mesmas. A “loucura” de certa forma está com a parceiro (a).Preferem os(as) que se enamoram facilmente pelas belas palavras e pelo belo jogo de sedução. Preferem as pessoas que entram no seu jogo. Inicialmente existe a fase de encantamento, onde todos são príncipes e princesas. Já ouvi apelidos interessantes para este tipo de distúrbio, como “homens tarja preta” e “mulheres tarja preta” Eles viciam a(o)parceira (o), alternando a bondade e a maldade. Esta alternância cria um certo conflito e uma certa insegurança, porque as pessoas boas que sabem amar, costumam desculpar a parceira (o) como se fosse algo momentâneo.Esta falta de auto- estima da parceira(o) vai acentuando uma relação patológica que num determinado momento um sempre se sente culpado, enquanto o outro sempre se sente vítima, depois inverte-se a cena. Por esta razão ser chamada de relação”gangorra”. Na maioria das vezes desenvolve-se o sadomasoquismo que não permite a cura, porque o casal adoece junto e um sente a falta da alternância do outro: Se um está feliz , o outro fica triste,e se a razão for questionada, não se chega à conclusão: eterno jogo de culpas. O importante é que sempre um dos dois tem que ceder, para a relação continuar. Aos poucos a perversão da relação se torna prazerosa para ambos. Ao mesmo tempo que querem romper, necessitam do outro para sobreviver no inferno que criaram para suas vidas. Sempre um “cai de luva para o outro". Enquanto não existe o crescimento de um dos dois, a relação não se rompe.
Cenas de sadismo são constantes, tipo fazer o que desagrada o outro , muitas vezes chegando à agressão física , a humilhação psíquica ou até ao assassinato(crimes passionais).O falso BOB de nossa história, que chegou a utilizar drogas pesadas sem a menor suspeita, conseguiu ludibriar muitas pessoas que acreditavam em aparências como referendo. São personalidades doentes , sem estruturas internas capazes de destruir o outro, tanto psiquicamente como moralmente. Muitas pessoas enlouquecem neste convívio e perdem a credibilidade para que jamais escutem as lamúrias que se convertem em delírios.As pessoas românticas são “presas” fáceis e as que são perfeccionistas ,e exigem muito de si mesmas , principalmente elogios do parceiro(a), se destroem , porque eles vão fazer exatamente o oposto: críticas destrutivas para minar as forças. . Uma verdadeira " Via Crucis" por opção (Todo BOB fica com uma BOBA).Em meio ao seu desespero, rosas perfumadas poderão chegar com um belo cartão romântico, deixando a parceira mais confusa ou com um ódio que só ela poderá entender, mas que terá um julgamento destruidor, dos que a cercam, já que está sendo “agressiva” com alguém que está demonstrando tamanho amor
Concluindo:
Faltam nas faculdades de Direito, o estudo aprofundado de psiquiatria e psicologia para que a Justiça sempre julgue com clareza .Que se tenham menos petições e mais audiências com estudos de casos, com equipe multidisciplinar, para que se efetive um trabalho sério e humano. Que lágrimas deixem de sensibilizar e que sorrisos deixem de convencer em poucos contatos. Menos perícia e mais presença de profissionais competentes. Que a ciência do Direito deixe de ser um manual de mentiras para o cliente e se torne mais ética , com mais princípios. Que os julgamentos deixem de ser arenas entre ataques e defesas, para ver quem convence e sai vencedor. Que transformem a bela ciência em diálogos e estudos minuciosos sobre os casos, volto a dizer, com outras profissões(psicologia, psiquiatria, assistência social, neurologistas e juntos com promotores e defensorias. Não falo apenas em psiquiatria forense , mas que seja utilizado este procedimento em todas as varas. Senhores profissionais , lastimo a falha que é do nosso ensino brasileiro, e de nosso sistema nada democrático com a preponderância do autoritarismo de quem julga o outro e se julga no direito de ser dono da verdade e do destino de todos os cidadãos que necessitam de sua ajuda , muitas vezes ,fria e desumana.
Pobre BOB, o eterno ilusionista que quer "cheirar o mundo" como se fosse um medicamento de alta potência e ter um prazer ilimitado apenas por suas falsas virtudes, que ele próprio reconhece, não passarem de ilusão. Não é incomum que se estranhe quando se olha no espelho, quando se olha profundamente no espelho. Ainda assim, como solução, prefere trocar o espelho ao invés de trocar os próprios incômodos..
Que existam menos BOB , menos Johnny e mais profissionais de qualidade na ciência do Direito.
(experiência de consultório).

2 comentários:

Anônimo disse...

Agradeço à sua participação no Blog, mas não o aprovei por se tratar de uma opinião pessoal e emocional , sem embasamento teórico e sem compreensão do texto. Por esta razão o julguei impróprio à exibição. É importante que os leitores não reajam ao texto ao se depararem com os próprios problemas. Por esta razão não deixou o nome. Não se sinta BOB! Agradecida

Anônimo disse...

A mensagem postada acima foi de minha autoria , Míriam Stolear.
Saiu como anonimo por algum erro de percurso(rsrs) mas estou explicando para o anônimo que postou um comentário que foi negado, porque foi totalmente mal interpretado e mal redigido. Agradecida mais uma vez.
Míriam Stoler