segunda-feira, 18 de abril de 2011

Wellington Menezes de Oliveira

Wellington não reagia. Era uma criança introspectiva e pouco se sabe dessa família. O que poderia ter acontecido com esse menino na infância? Sua mãe biológica , está viva? Foi encontrada e ouvida? A mãe adotiva cuidou de Wellington após o 2º casamento e pelo que percebo, os filhos do 1º casamento, não eram tão chagados a essa relação. A escola não acompanhava o desenvolvimento emocional e psicológico dos alunos e por isso teremos que conjecturar. Por que Wellington mancava? Será que teve alguma doença na infância? Sofreu violência doméstica? Sofreu abuso sexual? O que o tornou sem capacidade de se defender do mundo hostil? Não se pode dizer que ele era esquizofrênico, mas sabemos que não era psicopata e nem animal, como dito pelo Governador Sergio Cabral. A avaliação das escolas se baseiam em rendimentos em conteúdos sem sentido que por muitas vezes é mal ensinado, por professores despreparados, com baixos salários, desmotivados.
Temos que contextualizar a vida de um assassino, não para poupá-lo de punições e repressões, mas para prevenção de comportamentos violentos, estimulados por jogos de internet, drogas que são usadas livremente, muitas vezes sem que os pais tenham conhecimento.
Os exemplos que essas crianças recebem é de uma sociedade fragmentada, impune, sem autoridades responsáveis. Eles convivem com propinodutos , Bullying de colegas e até de professores. Programas de Tv que incentivam o Bullyng, com quadros que mostram grupos de amigos que maltratam , agridem e que em todos os domingos são repetidos.
Temos crianças ligadas ao tráfico que tem que roubar para traficantes dentro das escolas. Somem celulares, dinheiro, relógios, entre outros pertences, que são encomendados que se não cumpridos, correm riscos de morrer.
Wellington foi Presa fácil para os caçadores de jovens que eles precisam agradar para ter amigos e fugirem da solidão. Essas crianças preferem a internet porque são criadoras de seus mundos. O mundo virtual é um grande Delírio.
Não podemos dizer que o que fez foi resultado de seu próprio ódio, mas do ódio que atualmente convive com cada indivíduo abandonado pelo Sistema.
Essas tragédias apesar de desoladoras, sempre serviram de momentos de reflexão. Quem crê em Deus, sabe que ele parece zangado com a humanidade. Muitas mortes, muitos crimes, contrabando de armas, drogas pesadas, famílias desestruturadas, violência doméstica, pedofilia, crime entre pais e filhos, desrespeito
ao desejo do outro e a importância do respeito às diferenças que só podem conciliar-se na civilização, quando todos tiverem liberdade de pensamento e não de expressão. Hoje em dia não podemos pensar diferente, sem sermos considerados preconcietuosos.
Eu entendo a revolta de Wellington e a mensagem que ele quis deixar: Deixou de seguir o Cristo, para mostrar que sem amor, ódio e a intolerância serão motivações para Bullying social.
A passividade da professora que  não impediu o ex- aluno de entrar na sala, para ministrar uma palestra que não estava na agenda da escola, mostra que a desorganização e o descaso é comum.
Wellington quis agredir a escola Tasso da Silveira e mostrar como todos estavam vulneráveis dentro do estabelecimento, por falta de orientação e falta de metas da Secretaria de Educação e do MEC. Ninguém respeita e ninguém fiscaliza o PNE e a LDB . Não existem funcionários para auxiliarem na organização das crianças. Não existem psicólogos para prevenirem que problemas se tornem desgraças.
Na época das eleições, discute-se a Progressão Automática, sem pensar na morte automática de Educação Brasileira.