quinta-feira, 17 de março de 2011

O Colégio Pedro II- Vítima do PT

Colégio Pedro II , O Colégio Tradicional da Cidade do Rio de Janeiro, expande-se no estado do Rio de Janeiro e desta forma perde a " segurança" na Constituição brasileira, que o considera situado apenas na cidade do Rio de Janeiro.
Hoje, com unidades espalhadas pelo estado do Rio de Janeiro, aumenta o número de vagas, mas diminui a sua qualidade. Talvez, surja a necessidade de uma razão para meu questionamento ou melhor , uma justificativa que proceda. Alguma escola federal de ensino, de nível universitário ou não, conseguiria manter sua reitoria com diversas unidades distribuídas pelo estado, em bairros distantes, com metas idênticas?
Não podemos comparar uma UFRJ que mantém em cada unidade, uma faculdade específica. Explico melhor: Existem apenas uma faculdade de Direito, uma faculdade de administração e por aí, vai... Impossível tecnicamente e pedagogicamente, manter a unicidade com a variedade de unidades de ensino: Cada qual terá sua particularidade e especificidade.
O Colégio Pedro II, mantém hoje, em cada unidade, ensino básico, técnico e tecnológico( novo plano de carreira do Governo Petista). Numa Unidade de ensino, temos ensino básico, o médio e o técnico, com administração própria, centralizada por uma Diretoria Geral ( ou reitoria).
Não existe viabilidade de administrar pedagogicamente cada unidade
mantendo uma unicidade. Cada Colégio PedroII, exige diferentes abordagens.
As unidades de ensino, se diferenciam pelos perfis dos alunos que dependem de características próprias . Um colégio no Humaitá, não pode ser igual a um colégio em Realengo, porque têm realidades distintas.Metodologias nem sempre se adequam às turmas das mesmas séries e unidades. Imaginem em bairros diferentes, prefeituras diferentes com partidos políticos diferentes.
Com a necessidade urgente de modificação das metodologias, aquisição de novas ferramentas , novas didáticas e novos currículos, o colégio Pedro II, segue mantendo suas diferentes unidades , mesmo que insista em manter a " homogeneidade" e a centralização.
O Colégio Pedro II se diferencia em suas próprias avaliações. Quero dizer com isso, que um aluno com média 6,75 em Humaitá, poderá não ser o mesmo aluno com média 6,75 de outra unidade de ensino. Algumas unidades tem melhores desempenhos no ENEM e nos vestibulares. O MEC, não está muito preocupado com detalhes fundamentais para avaliação do Colégio.O importante é dizer que é aluno do Colégio Pedro II.
O Colégio passou a ser um " mito" na educação pública, apesar de ser um misto de pedagogias diferenciadas.
E quem conhece o colégio sabe que algumas unidades são "elite" enquanto outras são estigmatizadas pelos próprios alunos. Alguns docentes acreditam na importância do NOME e outros acham que o colégio não será " Tudo ou nada", por saber a tabuada.
É preciso avançar e não retroceder. É preciso pensar na Educação e numa nova Política educacional
ao invés de passivamente ser fantoche das políticas partidárias que vagueiam na época das eleições presidenciais.
Assisti no YOUTUBE, algumas críticas feitas pelos alunos da Unidade Centro, onde parodiaram o Hino do Colégio, de forma contundente sem perda do humor e da criatividade.
Ao invés de puni-los, prática mais simples e muito utilizada pela tradicional escola, tentar escutá-los e questionar as próprias falhas ,seria a melhor saída para que a educação estivesse contextualizada, como se exige na LDB 9394/96.
Não devemos lutar apenas por melhores salários, fazer greves e usar os grêmios para assuntos externos ao colégio. Passei por várias unidades, iniciando por Tijuca II, passei à Unidade São Cristóvão II, depois fui para São CristóvãoIII e aposentei- me na Unidade Centro. Posso dizer que trabalhei em diferentes colégios com o nome de Colégio Pedro II.

Nenhum comentário: